20/10/2010

Arte e propaganda (parte III)

Qualquer ser vivente (de verdade) sabe: Metallica é uma das mais imprtantes bandas de rock de todos os tempos. Seguida aos milhões, sempre com uma música forte e envolvente, contribuindo para a difusão dos headbangers ao redor do mundo. Mesmo assim, a banda que elogio aqui (e gosto muito) é a mesma que foi vítima de grande rejeição por parte de seus fãs. Dentre uma série de razões, o mais forte teve a ver com a relação dos músicos com as redes de comunicação em massa a partir dos anos 90. Sim, muitos tr00s acabaram por atirar o Black Album na privada, isso por causa da mudança radical de postura da banda na década que citei. Os antigos trogloditas, rústicos e viris (exemplo do que deveria ser um roqueiro de verdade) deram lugar a cabelos curtos, bem penteados, maquiagem e clipes de qualidade invejável. Muito mais tarde, a banda tenta fugir um pouco disso, apesar das dificuldades, pois agora é uma mega banda, impossibilitada de viver no submundo oitentista de outrora. A tentativa de volta às origens trouxe grandes "esperanças" aos fãs, mas por que todo este comportamento?
Olhando por alto, apenas para instigar o pensamento, o mercado é um fator determinante para o sucesso de um artista. Entretanto, acredito que este deveria ser parte da banda, não o contrário. Quando a situação inversa acontece, vemos claramente que a postura do artista deixa de ser comprimissada com a arte e passa a ser apenas com as cifras. A meu ver, um não deve anular o outro, mas mesmo assim a vida do artista para equilibrar as coisas anda cada vez mais difícil, uma vez que ofertas de boa vida são tentadoras a qualquer ser humano. Sendo assim, pergunto: que fazer para uma relação honesta neste sentido? Arte e propaganda (mídia) podem andar juntas? Deixem seus comentários.


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